Divisa SP/MG entre Franca e Claraval |
Em 19 de
maio de 2015, embarquei num ônibus no Terminal Rodoviário do Tietê às 6h da
manhã e desembarquei em Franca SP ao meio dia. Almocei num Quilo e iniciei a
caminhada em direção a Claraval MG, a 16 Km. Atravessei o Rio das Canoas, que
divide SP e MG e caminhei mais 6Km em direção a Ibiraci MG. Escureceu, armei a
barraca num cafezal. Nesse dia caminhei 22 Km, sendo 16 em asfalto e 6 em terra.
Em 20.05.15,
desarmei a barraca com chuva fraca, ainda escuro. Caminhei quase 1h antes de
clarear, usando a lanterna. Peguei uma bifurcação errada e fui dar num curral,
próximo à cumeeira da serra. Voltei, larguei meu mapa e liguei meu instinto e,
8Km depois, encontrei o caminho. Cheguei a Ibiraci por volta das 13h. Almocei
um PF e peguei um ônibus para Passos, passando por Cássia, Pratápolis e Itaú de
Minas. Em Passos, me hospedei num hotel barato, próximo ao centro. Andei 36 Km
em estradas de terra.
Em 21 de
maio, caminhei de Passos ao trevo de Furnas, na MG-050, passando por São João
Batista do Gloria e atravessando pela primeira vez o Rio Grande em enorme
ponte. Caminhei 43 Km nesse dia, sendo 23 em rodovias asfaltadas e 20 em
estrada de terra. Acabei de chegar a Capitólio de ônibus, onde me hospedei num
hotel simples na zona urbana.
No dia 22 de
maio, andei 32 Km de Capitólio a Guapé, sendo 10 Km em asfalto. Atravessei o
lago de Furnas em balsa. Em Guapé, peguei uma carona até Ilicínea, onde embarquei
num ônibus até Boa Esperança. Dormi num hotelzinho ao lado da rodoviária.
Em 23 de
maio, andei 40Km entre Boa Esperança e Nepomuceno, passando por Coqueiral, Frei
Eutáquio e Trumbuca, sendo 5Km em rodovia. De Nepomuceno a Lavras fui de
ônibus. Fiquei num hotel simples no centro.
Em 24 de
maio, fui de Lavras até a ponte do Rio
Grande, em Itutinga, de ônibus. Na ponte, iniciei a caminhada, passando por
Itutinga e indo até Carrancas, por estrada asfaltada. 30 Km. Em Carrancas,
dormi numa pousada simples no centro.
No dia 25,
fui em direção a São Vicente de Minas. Após andar 20Km, um motorista ofereceu
carona e eu aceitei, até uma fazenda próxima. Retomei a caminhada. Após 7Km,
outro motorista parou e ofereceu carona até S.Vicente. Aceitei. Cheguei ao
destino ao meio dia, após caminhar 27Km. Dali a Madre de Deus de Minas também
fui de carona e, novamente de carona(sendo estas duas últimas pedidas), cheguei
a Piedade do Rio Grande, onde o rio vira para sudoeste. Ali dormi num hotel
urbano.
Em 26 de
maio, caminhei de Piedade a Santana do Garambéu, passando por Santo Antônio do
Porto. Nesse dia, andei 26Km, passando
por 4Km de estrada abandonada e atravessando o Rio Grande de canoa. Dormi num
hotel em Santana.
Em 27 de
maio, andei 50 Km, de Santana a Bom Jardim de Minas, passando pelo povoado de
Souza do Rio Grande. Os últimos 10Km do percurso, fui de carona, oferecida
espontaneamente. Nesse dia, andei perdido por 4Km.
Em 28 de
maio, fui de Bom Jardim a Liberdade. Andei 22 Km e me hospedei no Hotel
Central.
Em 29 de
maio, fui de Liberdade ao distrito de Santo Antônio do Rio Grande, sem passar
pela zona urbana de Bocaina de Minas. Andei 32 Km, sendo 18 em asfalto. Em
Santo Antônio, me hospedei numa pousada simples no povoado.
Finalmente,
no dia 30, subi a montanha até a nascente do Rio Grande. Caminhei 20Km pela
estrada paralela ao rio, saindo de 1200m de altitude e chegando a 1600, no
começo da estradinha-trilha. Daí até o alto do Mirantão, a 2200m de altitude,
gastei 2,5h. Na parte mais alta, a trilha bem batida não é de gente, mas de
gado, o que faz grande diferença para o explorador (a lógica do gado é outra).
Passei a noite acampado num gramado a 2000m de altitude, ao lado da grota funda
e densamente florestada onde começa o rio.
No dia 31 de
maio, desmontei o acampamento e desci a montanha embaixo de chuva fina. A meio
do caminho para Santo Antônio, peguei um atalho para o distrito de Mirantão,
passando por um trecho de 2Km de trilha nesse percurso. Após caminhar 25Km no
dia, cheguei ao povoado, onde me hospedei numa pousada simples.
No dia 1º de
junho, saí do povoado de Mirantão às 11h, de carona no ônibus escolar que leva
os estudantes para Visconde de Mauá, distrito de Resende, RJ. Em Mauá, peguei
um ônibus para Resende, onde peguei outro para São Paulo. Cheguei às 19horas.
Nenhum problema, nenhuma lesão adquirida no período. Nem os lábios rachados ou
doloridos, que costumam ocorrer nessas caminhadas. Acho que por causa do ar
úmido de beira rio.
Totalizando:
405 Km de caminhada, a uma média de 31Km por dia. Destes, 303Km foram em
estradas vicinais de terra. Dos 102 Km andados em asfalto, metade era de
estradas locais, pouco movimentadas. Uma distância equivalente à caminhada devo
ter viajado de carona ou de ônibus.(CONTINUA). Se preferir ler de uma só vez, avise-me pelo e-mail: robertobuzzo@gmail.com.
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